O Dia 18 de maio: Dia Nacional do Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes virou um marco na historia do CPTI. Pelo sexto ano consecutivo a instituição saiu às ruas do território de Nova Aparecida para o cortejo nacional, com educandos, educadores, outras instituições e comunidade.
Com carro de som e percussão, os educandos tocaram músicas sobre o empoderamento feminino e sobre respeito ao corpo. Além de um flashmob, organizado pela educadora Vanessa de Araújo, com a música Pesadão da cantora Iza. A escolha da música feita pelas adolescentes foi o resultado de um trabalho sobre empoderamento feminino. “Foi bom para trabalhar a sororidade. Nós mulheres não nascemos para competir, a gente tem que aprender isso. A ideia é um bonde pesadão, a gente fortalece, dá a mão e vai junto pra luta”, comenta. As instituições Semear e Firmacasa também apresentaram músicas sobre o tema.
A educanda do CPTI, Elisama Sama Vicente Ribeiro, de 15 anos, que cantou durante o percurso, diz que começou a refletir sobre o assunto e sobre as músicas. “As pessoas que estavam lá, pra eles também refletirem. Aquela pessoa tocou no meu corpo, eu tenho que contar para alguém. Não pode ficar com medo de contar aquilo que fez mal para ela”, conta a adolescente.
No CPTI, além da passeata, o tema foi trabalhado durante toda a semana com os educandos. As crianças desenharam os cartazes para o cortejo, todos com orientação dos educadores. No dia 18, com o grupo da manhã, foi planejada uma atividade diferenciada.
Com uma peça organizada pelas crianças, baseada nas rodas e atividades sobre o 18 de maio, os educandos encenaram momentos em que a denúncia de pessoas externas e a precaução das crianças com pessoas na rua, e na rede social, pode fazer a diferença. Além de uma atividade em roda, cantou-se a música composta pela educadora Karine Almeida. Enquanto cantava, no meio da música eram citadas as partes do corpo onde se podia ou não encostar no colega do lado. Todas as crianças participaram e souberam de antemão o que pode e não pode fazer ao amigo.
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