Nós do projeto Novo Amanhecer temos alguns princípios essenciais e a partir deles elaboramos nossas ações e conduzimos nossa prática. O primeiro refere-se à ideia de que a forma mais eficaz de modificarmos nossos comportamentos para a tão desejada transformação social é a desconstrução de conceitos arraigados que carregam em si modelos de relações humanas violentas.
Essa desconstrução é individual, diária, e constante podendo ser alcançada ao integrarmos conhecimento e vivência.
Entendemos que é necessário apropriarmos-nos de reflexões contemporâneas que propõem desconstruir práticas violentas, facilitando com que, ao nos aproximar desses novos discursos tenhamos melhor possibilidade de propor estratégias de intervenção mais assertivas. Entretanto, tão necessário quanto à informação, é a sensibilização interna, pois é ela quem nos mobiliza para a ação. Neste sentido, se estivermos informados(as), mas não sensibilizados(as) com a causa, não modificamos nosso posicionamento frente à situação. Ao mesmo tempo, se estivermos sensibilizados(as), mas não tivermos informações suficientes sobre o assunto, corremos um grande risco de agir de forma mais impulsiva, sem estratégias e, portanto, de forma não eficaz.
Por isso, nossa premissa básica é: Conteúdo informa – Vivência sensibiliza.
Deste modo, todas as intervenções e parcerias realizadas pelo Projeto visam trabalhar os conteúdos de forma lúdica e experiencial.
Origem das Violências
O outro princípio que baliza nosso trabalho é uma compreensão mais ampla sobre as violências, considerando possíveis aspectos que as desencadeiam. Entendemos que as violências são expressões decorrentes de uma cultura e que precisam considerar todo contexto sócio-histórico dos coletivos a serem estudados. Deste modo, qualquer tentativa de leitura das violências de forma isolada, sem uma análise de conjuntura ampla, nos levaria a uma compreensão reducionista sobre o assunto.
Compreendemos que as relações violentas ocorrem sempre que nos deparamos com relações desiguais de poder. Assim, precisamos considerar o que chamamos de “Estruturas Sociais”, que funcionam como alicerces da sociedade que estabelecem a forma como agimos e nos relacionamos coletivamente.
Nossa luta é para que consigamos dar visibilidade aos prejuízos que cada uma destas Estruturas acarreta em nossas vidas e possamos desconstruí-las, diariamente, de forma individual e coletiva para que pratiquemos outro modelo de relação humana pautado na igualdade, justiça, respeito, ética e afeto. Para isso, compartilhamos uma série de dicas entre filmes, livros, músicas e outras que auxiliam e aumentam nossa percepção sobre essas violências. Obviamente existe um filtro aqui! Existem muitas outras listas por aí e uma pequena busca na internet nos traz tantas outras listas, então não se apegue a somente esse material que é apenas um pequeno caminho possível nessa compreensão diária e cotidiana do nosso mundo contemporâneo.
As Estruturas Sociais que identificamos como bases das demais violências interpessoais são: Racismo, Patriarcado, Machismo, LGBTQIA+fobia, Adultocentrismo, Luta de Classes e Capitalismo.
Clique nas imagens para ter acesso aos materiais de apoio sobre esses assuntos.