Estes encontros pretendem que cada participante possa fazer uma reflexão e autocrítica sobre sua percepção de si, do outro e do mundo a partir dos sentidos sensoriais (visão, audição, olfato, paladar, tato, pele, equilíbrio e intuição).

Se nossa relação com o mundo é construída por meio de nossos sentidos, podemos revisitá-los para ressignificar nossas relações de forma não violenta.

Visão: O olho é o órgão responsável pela visão no ser humano. A forma como as imagens se configuram e a maneira como as captamos, significamos e reproduzimos tem impacto direto na visão que temos do mundo que nos cerca, e é uma construção social, fruto das relações que estabelecemos para dentro (consigo) e para fora (com o outro). Como você se vê? Qual sua visão de mundo?

Audição: é a capacidade de perceber o som. Captamos sons até uma determinada distância, dependendo da sua intensidade ou nível de pressão sonora. O tom que damos às nossas falas ou a maneira que nos dispomos a ouvir tem impacto direto em nossas relações e é fruto das percepções e apreensões individuais dos fenômenos que ocorreram e ocorrem em toda nossa vida. Como você costuma ouvir o outro? Você se ouve?

Paladar: é a capacidade de reconhecer os gostos de substâncias colocadas sobre a língua. Ao conjunto das sensações de gosto e aroma dá-se o nome de sabor. Sabores trazem a tona memórias afetivas que são construídas através das nossas relações. Essas memórias podem trazer sentimentos gostosos – que desejamos cultivar e sentimentos dolorosos – que desejamos apagar, mas ambos fazem parte de quem somos e influenciam em como nos relacionamos com o mundo que nos cerca. Que sabor a vida tem para você?

Olfato: é a capacidade de captar odores. A percepção está diretamente ligada à capacidade de sentir cheiros e contribui com a habilidade em se adaptar melhor aos ambientes. Este sentido está alocado na parte mais antiga do cérebro que compreende as áreas olfativas e límbicas, sendo a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais. Isto indica que, provavelmente, a capacidade para experimentar e expressar emoções se desenvolveu a partir da habilidade para processar os odores. Como no caso das emoções básicas, a resposta imediata aos odores transmite uma mensagem simples e binária: ou se
gosta ou não se gosta; fazendo-nos se aproximar ou evitar. Quais suas aspirações? O que você inspira no outro?

Tato: diferentemente dos outros sentidos, ele não é encontrado em uma região específica do corpo, e sim em todas as regiões. O tato aqui é pensado na perspectiva do que eu ofereço ao outro, através do toque, ou o quanto disponho do meu corpo na construção das minhas relações. O contato físico com o outro gera desde a infância sensações que podem ser agradáveis ou onerosas. Mesmo um breve contato físico é suficiente para alterar nossa relação com outra pessoa, para melhor ou para pior. Como você toca o mundo? Você se toca?

Pele: A pele nos permite perceber as texturas e as temperaturas. Podemos sentir a suavidade do revestimento externo de um pêssego, o calor do corpo de uma criança que seguramos no colo e a maciez da pele de um corpo que acariciamos. Sem essas sensações nós ficaríamos vulneráveis e poderíamos nos queimar ou nos machucaríamos com frequência. O nosso corpo é receptor de inúmeras ações construtivas e destrutivas, vindas de nós e dos outros, que implicam em nossos posicionamentos frente à vida. O que te toca?

Equilíbrio: o sentido do equilíbrio ajuda a evitar que humanos e animais caiam quando estão em pé ou em movimento. O cerebelo e labirinto juntos trabalham para o equilíbrio. O mesmo equilíbrio que nosso corpo precisa para se manter de pé e faz-se necessário para mantermos as relações que estabelecemos. A vida de um modo geral é como uma corda bamba, podemos buscar flexibilidade, estabilidade, segurança e firmeza sem perdermos quem somos e como nos relacionamos com o outro. Quem ou o que você culpa para justificar seu desequilíbrio?

Intuição: também conhecida como sexto sentido é a capacidade natural do ser humano de intuir. Falamos da voz interior que vem da lucidez daqueles palpites aos quais nem todos dão importância. As ideias “sentidas”, às vezes tem muito mais valor que as ideias “pensadas”, porque são o reflexo da nossa essência. Este sentido sempre está presente, mesmo que de modo discreto, nos guiando e definindo muitas de nossas relações e dos caminhos que tomamos na vida. Qual espaço você tem dado para a sua intuição?

 

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